Este blog acabou. É verdade, eu achei que conseguia voltar. Achei que conseguir voltar a ter tempo para cozinhar com amor e paciência para tirar fotografias.
A minha vida mudou muito nos ultimos meses. As mudanças são quase sempre boas, dizem, mas esta está a ser difícil. Boa, sim talvez, muito boa, mas tão difícil.
Há 6 meses uma mudança pequena, há 3 um mudança grande. Assim do nada, quando achava que tinha tudo na vida para ser feliz.
Estou cansada. Cansada de ter medo do meu futuro. Cansada de amar com tanta força que me esqueço de me amar a mim.
Hoje, do outro lado do mundo, e com menos de 10 horas de sono nos últimos 3 dias, sinto-me derrotada.
Às vezes, a vida, diz-nos que damos demasiado atenção às coisas que nos fazem mal. Eu tenho dando demasiado atenção às coisas que me fazem mais aos bocadinhos.
Dizem-me que viva o momento, que aproveite, que não me preocupe. Eu tenho tudo na vida, acreditem. Tudo o que pedi e tudo o que pedem muitas pessoas todos os dias. Eu não consigo viver o momento. Eu sofro o futuro, todos os dias, mesmo que ele nunca chegue.
Este sofrimento, este sofrimento do futuro está a consumir-me aos poucos, e o tempo e a capacidade mental que tinha para fazer as coisas que amo sem medos, desapareceram aos poucos.
Isto soa dramático. Mais dramático do que o que realmente é, mas luto contra mim mesma para adormecer, e não consigo. E quando não durmo transformo-me.
Não vou voltar. Não porque isto seja daquelas coisas que não se recupera, porque recupera. Não vou voltar porque deixou de fazer sentido.
Um beijo
Tuesday, August 5, 2014
Tuesday, July 8, 2014
A minha revolta chama-se amor...
Continuo com esta urgência de definir o amor. Continuo, em noites de insónia, a questionar-me porque amamos de certa forma.
O amor revolta-me.
Sim, assim frio e duro, é isso. O amor revolta-me.
O amor revolta-me, tira-me a fome e o sono, tira-me a vontade de acreditar.
Quando amamos alguém, quando amamos mesmo, acima de qualquer conotação sexual, de qualquer relação de ADN ou de qualquer história mal terminada, deixamos de ser prioridade.
A minha incapacidade de definir o amor de outra forma tem-me feito por em causa toda a certeza das relações.
O amor só funciona quando duas pessoas conseguem por, pelo menos, 50 % da sua felicidade na mão de outra pessoa. Quase como um pacto eterno de que tu cuidarás da minha metade e eu da tua, como que se tratasse de algo precioso.
No momento em que os meus 50% são mais importantes que os teus 50%, ou no momento em que eu dividir contigo 25% e com outra pessoa outros 25%, esta felicidade passa a ser frágil e este amor pouco real.
Não me definam amor com palavras ou promessas. A vida já me ensinou que as palavras se esquecem e as promessas se quebram. Definam-me amor em percentagem.
Eu consigo catalogar as pessoas que amo pela percentagem de felicidade que lhes carrego no peito.
As que amo carrego de 50%-100%, as que gosto de 25%-50% e depois há as outras. As que andam por ali entre os 0% e os 25%, num cuidado natural que todos devemos ter para não nos magoarmos, mas numa distância palpável para não ser amor.
Continuo com esta urgencia de definir o amor, e quanto mais tento, quanto mais me questiono, mais revoltada fico.
O amor não devia ser apenas o café, após a refeição, que nos mantém acordados, o amor, esse amor que merece "Amo-te"s devia ser mousse de chocolate. Aquela que nos faz fechar os olhos ao fim de cada colherada e pensar que o mundo podia terminar. Amo-nos, temo-nos uns aos outros, não precisamos de muito mais.
Ingredientes:
1 iogurte grego natural
75g de chocolate
2 claras de ovo
1 c.s. de açucar
1. Derreter o chocolate em banho maria.
2. Misturar o chocolate derretido ao iogurte natural.
3. Bater as claras em castelo com o açucar e envolver no chocolate.
“That’s when I finally got it. I finally understood. It wasn’t the
thought that counted. It was the actual execution that mattered, the
showing up for somebody. The intent behind it wasn’t enough. Not for me.
Not anymore. It wasn’t enough to know that deep down, he loved me. You
had to actually say it to somebody, show them you cared. And he just
didn’t. Not enough.”
Jenny Han
Thursday, July 3, 2014
Salada de queijo mozarela e abacate
Na china a marmita é um dado adquirido. Aprendi isso no primeiro dia de trabalho. Não era fã, ponto. É fácil comer barato e relativamente saudável sem ter que comer os restos do dia anterior, pensava eu. Isso, e a minha hiperactividade não me convenciam a comer no mesmo sitio onde passo o resto do dia. Tinha necessidade de sair dali, comer num sitio diferente. Comer com pessoas e não comigo mesma e com o meu computador.
Dizem que em Roma sê romano, e por isso só consegui fugir disto quando a mim se juntaram mais portugueses. Comer em frente ao computador? Comer no mesmo sitio onde trabalho? Diziam eles acabadinhos de chegar. Não. Acabou. Grito do Ipiranga.
Por isso, quando regressei, e quando começou a moda das marmitas, eu torcia o nariz.
Voltar atrás no tempo? Não me parece ... Aquecer a comida do dia anterior? Eu até nem gosto de resto...Era a minha atitude um tanto ou quanto burguesa.
Acontece que a vida muda-nos. Acontece que os nossos objectivos mudam. Acontece que nada é eterno e, nesta profissão, os colegas vão e vêm, os horários alteram-se, e a falta de rotina dá lugar à solidão.
Desde que o meu companheiro de refeições mudou de rotina que perdi a vontade de sair do conforto da minha secretaria para almoçar sozinha. Afinal qual era mesmo a razão porque tinha necessidade de fazer uma pausa e comer com pessoas e num sitio diferente?
Voltei à marmita. Não sou infinitamente mais feliz, claro que não. Um bom almoço, acabadinho de fazer e com boa companhia é do melhor que há, mas sou certamente mais saudavel e produtiva.
Troquei os resto e a comida aquecida por saladas. A minha carteira e principalmente o meu corpo agradecem.
Nós crescemos. E eu cresci tanto que deixei de torcer o nariz aquilo que é diferente. A idade acalma-nos as certezas inabalaveis.
Ingredientes
1 queijo mozzarella fresco
Alface
1 tomate
1/2 abacate
1. Juntar todos os ingrediente e temperar a gosto.
5 minutos e o almoço está na mesa. Ou neste caso, na secretária. Paciência.
Uma pausa na comida, porque há dias que encher a barriga não chega.
Sometimes we have to give up on people we love. Not because we don't care, but because they don't.
Let it go ...
Wednesday, July 2, 2014
Às vezes a vida pede-nos doces
As noites ainda não convidam a jantares e serões na varanda, mas às vezes a vida pede-nos doces e diz-nos que precisa de verão.
E porque ando a aprender que doce não têm que ser sinónimo de caries nos dentes ou aumento das ancas, trago isto. Isto, com a promessa que os meus filhos vao poder comer gelados quando quiserem.
Ingredientes (para 6 gelados)
1 Iogurte grego natural (os meus preferidos passaram a ser os do LIDL)
1 Iogurte de Mirtilo
1 mão cheia de Miltilos frescos
1. Misturar tudo, e colocar em forminhas de gelado.
Relembrem-me mesmo porque é que não comemos gelados todos os dias?
Laugher is brightest where food is best.
Thursday, June 26, 2014
DIY Cherry Chutney
Eu tenho uma necessidade quase incontrolavel de querer saber sempre mais um bocadinho sobre alguma coisa.
Quando me comecei a interessar pelas novas tendências (um pouco radicais) dos americanos sobre alimentação encontrei um padrão.
Em todos os relatos de Paleo ou Whole30 Followers há em comum as vantagens que notam na mudança de alimentação de produtos altamente processados para naturais e biológicos. Muitos passam a plantar os seus próprios legumes, produzem o próprio leite (de cereais), abdicam dos molhos de compram e descobrem novas formas de dar sabor às comidas que até há bem pouco tempo nem sabiam que existiam.
Eu já estive no outro lado deste jogo. Eu já comi "bem" e mudei-me para os estados unidos e passei a comer mal. Ao início nem sentimos a mudança, mas poucas semanas depois o corpo pede por peixe fresco, pede fruta, pede menos molhos e menos gorduras. O cúmulo que senti foi precisar de comer McDonald para desintóxicar, para me sentir menos "doente".
Agora, uma coisa que nem todos relatam é o que se sente nos primeiros dias após tamanha mudança de hábitos. Depois de mudar de mal para bem.
Nós habituamo-nos a ter na nossa alimentação a quase todas, se não todas as refeições, hidratos de carbono e açucar. Crescemos com batatas à mesa, arroz ou massa ao almoço ou ao jantar. Um pão com manteiga ao pequeno almoço e bolinho ao lanche na pastelaria do bairro. O nosso corpo aprendeu a viver assim. Aliás, a roda dos alimentos, dizia-nos que, nas porporções correctas, a nossa alimentação até não era das piores.
Mas mudemos. Mudemos de hábitos e tentemos abdicar da batata cozida a acompanhar o bacalhau, ou do arroz branco com o frango assado no forno, ou da massa de atum. Vamos deixar de comer o bolo ao lanche e preferir uns sticks de vegetais, ou um batido de fruta.
Eu continuo acreditar que esta é a mudança correcta, não me interpretem mal. É, sem dúvida, muito mais saudavel, mas os primeiros dias, meus amigos, são (perto de) excruciantes. A energia desaparece, dói-nos o corpo, temos sono, e pouca paciênca.
Eu li, e senti. Custa, custa mesmo muito, mas depois passa, dizem. Enquanto não passa, disfarçamos a necessidade e aumentamos os níveis de paciencia, com chutneys feitos em 10 minutos. Pode não ser perfeito, mas vais fazer a vida dos que nos rodeiam certamente muito mais fácil. (Aturar-me com fome e o cabo dos trabalho)
Ingredientes
3 c. sopa de compota de Cerejas caseira
1 c. sopa de vinagre
1 c. chá de vinagre balsámico
1 c. chá sumo de limão
1 c. chá de sal
1 c. café de pimenta moída
1 malagueta fresca picada
1 ramo de hortenã
1. Numa panela pequena junte todos os ingredientes e metade do ramo de hortelã picado. Deixe ferver durante 10 minutos, mexendo de tempo a tempo para não pegar.
Inicialmente pode verificar que a compota ficará mais líquida, mas depois de 5 minutos a ferver começa a ficar novament em ponto rebuçado.
2. Ao fim de 10 minutos junte a restante hortelã picada e sirva com sobre a carne.
Cooking is at once child's play and adult joy. And cooking done with care is an act of love. Craig Claiborne
Tuesday, June 24, 2014
De corrida, porque o tempo é pouco ou eu ainda não me habituei à mudança
Comer melhor, gastar menos, ser mais saudável.
Tem sido este o lema das últimas duas semanas, no que toca ao almoço. Uns dias corre bem, outros nem por isso, e apago as mágoas em café e palmieres.
O ideal é transportar isto para o jantar e depois fazer disto estilo de vida. O mais difícil? Abdicar das massas, do arroz, dos 4 ou 5 cafés por dia e principalmente acalmar a ansiedade sem comida.
Já percebi que é uma questão de rotina. Encher a marmita de snacks que me afastem do café em momentos de cansaço, e planear.
Snacks
Sticks de Pepino com 1 fatia de presunto mal curado
Frutos Secos
Maça recheada com peanut butter e sementes de girassol.
Almoço
Muffins de ovos, milho e atum com salada de alface
Muffins de ovo, milho e atum:
1. Saltear meia lata de atum com tomate, uma colher chá de mostarda e muitos coentros. Juntar milho a gosto.
2. Bater 1 ovo com 1 colher de sopa de leite e temperar com sal e pimenta.
3. Juntar o refogado de atum ao ovo batido e colocar em formas de silicone. Levar ao forno pre-aquecido a 200 graus durante 15-20 minutos.
Make each day your masterpieace
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