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Tuesday, July 8, 2014

A minha revolta chama-se amor...



Continuo com esta urgência de definir o amor. Continuo, em noites de insónia, a questionar-me porque amamos de certa forma.

O amor revolta-me.

Sim, assim frio e duro, é isso. O amor revolta-me.
O amor revolta-me, tira-me a fome e o sono, tira-me a vontade de acreditar.

Quando amamos alguém, quando amamos mesmo, acima de qualquer conotação sexual, de qualquer  relação de ADN ou de qualquer história mal terminada, deixamos de ser prioridade.
A minha incapacidade de definir o amor de outra forma tem-me feito por em causa toda a certeza das relações.
O amor só funciona quando duas pessoas conseguem por, pelo menos, 50 % da sua felicidade na mão de outra pessoa. Quase como um pacto eterno de que tu cuidarás da minha metade e eu da tua, como que se tratasse de algo precioso.
No momento em que os meus 50% são mais importantes que os teus 50%, ou no momento em que eu dividir contigo 25% e com outra pessoa outros 25%, esta felicidade passa a ser frágil e este amor pouco real.
 
Não me definam amor com palavras ou promessas. A vida já me ensinou que as palavras se esquecem e as promessas se quebram. Definam-me amor em percentagem.
Eu consigo catalogar as pessoas que amo pela percentagem de felicidade que lhes carrego no peito.
As que amo carrego de 50%-100%, as que gosto de 25%-50% e depois há as outras. As que andam por ali entre os 0% e os 25%, num cuidado natural que todos devemos ter para não nos magoarmos, mas numa distância palpável para não ser amor.

Continuo com esta urgencia de definir o amor, e quanto mais tento, quanto mais me questiono, mais revoltada fico.

O amor não devia ser apenas o café, após a refeição, que nos mantém acordados, o amor, esse amor que merece "Amo-te"s devia ser mousse de chocolate. Aquela que nos faz fechar os olhos ao fim de cada colherada e pensar que o mundo podia terminar. Amo-nos, temo-nos uns aos outros, não precisamos de muito mais.

Ingredientes:
1 iogurte grego natural
75g de chocolate
2 claras de ovo
1 c.s. de açucar

1. Derreter o chocolate em banho maria.
2. Misturar o chocolate derretido ao iogurte natural.
3. Bater as claras em castelo com o açucar e envolver no chocolate.


“That’s when I finally got it. I finally understood. It wasn’t the thought that counted. It was the actual execution that mattered, the showing up for somebody. The intent behind it wasn’t enough. Not for me. Not anymore. It wasn’t enough to know that deep down, he loved me. You had to actually say it to somebody, show them you cared. And he just didn’t. Not enough.” 
Jenny Han

Thursday, July 3, 2014

Salada de queijo mozarela e abacate



Na china a marmita é um dado adquirido. Aprendi isso no primeiro dia de trabalho. Não era fã, ponto. É fácil comer barato e relativamente saudável sem ter que comer os restos do dia anterior, pensava eu. Isso, e a minha hiperactividade não me convenciam a comer no mesmo sitio onde passo o resto do dia. Tinha necessidade de sair dali, comer num sitio diferente. Comer com pessoas e não comigo mesma e com o meu computador.
Dizem que em Roma sê romano, e por isso só consegui fugir disto quando a mim se juntaram mais portugueses. Comer em frente ao computador? Comer no mesmo sitio onde trabalho? Diziam eles acabadinhos de chegar. Não. Acabou. Grito do Ipiranga.

Por isso, quando regressei, e quando começou a moda das marmitas, eu torcia o nariz.
Voltar atrás no tempo? Não me parece ... Aquecer a comida do dia anterior? Eu até nem gosto de resto...Era a minha atitude um tanto ou quanto burguesa.

Acontece que a vida muda-nos. Acontece que os nossos objectivos mudam. Acontece que nada é eterno e, nesta profissão, os colegas vão e vêm, os horários alteram-se, e a falta de rotina dá lugar à solidão.
Desde que o meu companheiro de refeições mudou de rotina que perdi a vontade de sair do conforto da minha secretaria para almoçar sozinha. Afinal qual era mesmo a razão porque tinha necessidade de fazer uma pausa e comer com pessoas e num sitio diferente?

Voltei à marmita. Não sou infinitamente mais feliz, claro que não. Um bom almoço, acabadinho de fazer e com boa companhia é do melhor que há, mas sou certamente mais saudavel e produtiva.
Troquei os resto e a comida aquecida por saladas. A minha carteira e principalmente o meu corpo agradecem.

Nós crescemos. E eu cresci tanto que deixei de torcer o nariz aquilo que é diferente. A idade acalma-nos as certezas inabalaveis.

Ingredientes
1 queijo mozzarella fresco
Alface
1 tomate
1/2 abacate

1. Juntar todos os ingrediente e temperar a gosto.


5 minutos e o almoço está na mesa. Ou neste caso, na secretária. Paciência.


Uma pausa na comida, porque há dias que encher a barriga não chega.



Sometimes we have to give up on people we love. Not because we don't care, but because they don't.
Let it go ...

Wednesday, July 2, 2014

Às vezes a vida pede-nos doces


As noites ainda não convidam a jantares e serões na varanda, mas às vezes a vida pede-nos doces e diz-nos que precisa de verão.

E porque ando a aprender que doce não têm que ser sinónimo de caries nos dentes ou aumento das ancas, trago isto. Isto, com a promessa que os meus filhos vao poder comer gelados quando quiserem.

Ingredientes (para 6 gelados)
1 Iogurte grego natural (os meus preferidos passaram a ser os do LIDL)
1 Iogurte de Mirtilo
1 mão cheia de Miltilos frescos

1. Misturar tudo, e colocar em forminhas de gelado.



Relembrem-me mesmo porque é que não comemos gelados todos os dias?

Laugher is brightest where  food is best.